sexta-feira, 13 de setembro de 2013

JEOS (JORNAL ESOTÉRICO DA ORDEM SABERSÓFICA) Ed. 7




Os Ciganos





Com suas saias rodadas, de ramagens coloridas de vermelho e amarelo, com suas pulseiras e brincos de ouro, seus Talismãs de meias-luas de prata, seus berloques de marfim de lápis-lazúli, correntes de moedas douradas no pescoço, tranças com fitas, lenços e medalhões, as ciganas caminharam por todo o Sind. Fugiam da expansão dos árabes da Índia. Os homens levavam os ídolos, os cantos védicos, os cães e as cabras. Chegaram ao Punjab, outra parte da Índia. Lá, de Chandigarh fugiram para o Afeganistão. Cansados e famintos, armaram suas tendas, acenderam suas fogueiras nas terras do Afeganistão, mas mal sabiam que lá também não poderiam ficar. No ano seguinte estavam na Armênia, depois por toda a Ásia Menor afora, entrando na Europa pela Grécia.

Hoje, espalhados por quase todo o mundo, estes descendentes dos hindus, agora chamados ciganos, não conhecem estas histórias e suas tradições. Desde a peregrinação no ano 800, lá do velho Sind, até agora, esta gente conheceu quase toda a Europa. Lembram-se, em suas conversas à noite, entre canções dolentes, de que seus bisavós falavam dos tempos da Valáquia, da Moldávia e da querida Hungria, onde chegaram em 1417. Até hoje cantam em seus bródios cantigas húngaras. Relembram as terras germânicas onde chegaram em 1418 e das farras nas feiras em Paris lá pelos idos de 1419.

Outros, dando risadas, falam de seus “maiores”que viveram na Catalunha, terra por demais amada pelos zíngaros. Lá vivem milhares deles ainda hoje. Lá cuidam e amam a Santa Virgem de Triana, conhecida como La Gitana. Outros, bebendo sifrit, uma mistura de vinho, ervas e cascas de fruta, falam dos teatros que faziam em Évora, em Portugal, seus tetravôs. Sim, pois em Portugal os ciganos foram muito notados e até eternizados por Gil Vicente na Peça “Farsa dos Ciganos”, quando quatro gitanos conversam em mau castelhano com RI Rei D. João III.

Para o Brasil eles vieram nos tempos de nossa colonização. Turbulentos, suspicazes, alegres, misteri-osos, esses descendentes dos hindus do Punjab e de Sind foram até citados nas “Confissões da Bahia” em 1593. Viveram em Pernambuco, em Salvador, no Rio colonial e agora alguns mais velhos lembram dos tempos em que residiam no Rio, na Praça Tiradentes, onde liam a sorte e vendiam cavalos.

Agora, vivendo em todas as partes, continuam a venerar seus santos católicos, seus ícones, Sara, cuja igreja em Chartres é a verdadeira Catedral dos Ciganos, a praguejar em calão e a rir sua risada velha como o mundo. Riso que ainda tem muito das peregrinações ao rio Ganges, ou à cidade santa de Varanasi, riso matreiro de quem dançou as danças de Orissa, fez procissões em Darjeenlin e em Tripura, de quem peregrinou por Paris nas feiras de compras de cavalos, e pelas areias do deserto. Riso de olhos debochados de quem já viu de

tudo e que traz em si o sonho de grandeza, de fortuna, de carroças cheias de ouro e jóias e muito, mas muito, da miséria humana, de suas lutas, medos, fantasias e crendices.

 Riso de caldeireiro, soldador, troçador de baralho, rezador, mentiroso, turbulento, riso que tem em si o segredo de um povo nômade e velho, mistura de árias e hindus, gregos, catalães, portugueses, riso que só o têm esses filhos do Sol e da Lua, irmãos do vento, os eternos e misteriosos ciganos.

TEXTO EXTRAÍDO DA INTRODUÇÃO DO LIVRO ASTROLOGIA CIGANA - DE MARIA HELENA FARELLI.


Sejam bem Vindos Irmãos da Senda Iniciática da Magia, estamos hoje com mais uma edição de nosso Jornal Esotérico da Ordem trazendo a Egregóra Cigana ao nosso Blog...



A HISTÓRIA DOS CIGANOS




Hoje eles são 18 milhões em todo o mundo. Só que agora, em vez de cavalos, são os automóveis que puxam as caravanas. A origem dos ciganos sempre foi motivo de estudos, embora a unanimidade dos gitanólogos aponte o norte da Índia. Poucas pessoas conhecem a história e a magia que regem a ética do povo cigano. 

O Jardim Olinda, bairro alto de Campinas (cidade a cerca de 100 quilômetros de São Paulo), está cheio de mansões, algumas com bonitas tendas armadas ao lado. O lugar é dominado quase exclusivamente por zingaras.

Os estudos a respeito dos ciganos começaram a ser feitos no século XV, quando as primeiras tribos apareceram na Europa. Mas a gitanologia, que se propõe a estudá-los sob todos os aspectos - principalmente origens -, só foi reconhecida como um ramo da etnologia no século XIX.

Cerca de 4 mil ciganos estão vivendo atualmente em Campinas. Os ciganos detestam ser comparados aos hippies, porque os cabeludos gostam de dizer que a vida on the road, o cair na estrada e fugir ao establishment são uma atitude cigana. Essa comparação os irrita.

Seus modos no entanto têm algo em comum com os contestadores.
São inúmeras as lendas a respeito da origem dos ciganos. Vulcanius Bonaventura afirma em seu livro “Litteris et Língua / Gelarum et Ghotorum” (1967) que os boêmios eram sem dúvida originários da Núbia (África). Já na opinião de Voltaire, eles eram nada menos do que os “degenerados descendentes dos sa-cerdotes da deusa síria Íris, misturados com seus adoradores e fanáticos”.

Há vários autores que tentaram ver, nos ciganos, autênticos judeus, devido à palavra Tarô associada à Lei. Mas não concordo com esta teoria.

Jean Paul Cléber, ocultista francês, mostra-se propenso a aceitar a tese de que os ciganos são originários do norte da Índia. Sua tese se baseia em certas correlações lingüísticas e raciais. A língua cigana, o romani, é falada por todos, não importa seu país de origem. É do domínio geral. Mesmo percorrendo durante anos um mesmo país, os ciganos não alteram seu dialeto original. O português, por exemplo, é falado por eles com uma entonação e sotaque característicos. Essas viagens, na vida nômade, fazem desse povo autênticos e exímios poliglotas. No entanto, no Brasil, a maioria só fala o ralé.


Todo cigano venera um deus, mas o cigano não está preso a religião alguma. São, no entanto, ligados á magia.


As técnicas e o hipnotismo dos ciganos

Pierre Derlon é um dos mais autênticos biógrafos dos ciganos, sendo considerado entre eles como um dos
integrantes do “povo da viagem”. Derlon já possuía alma e espírito de cigano, pois era homem de circo, domador de pássaros etc.

Derlon tinha poderes extra-sensoriais e foi iniciado na tribo como kaku (feiticeiro). O resultado dessa convivência foi aprender a arte da magia e escrever. Foi escritor de dois livros fascinantes: “Tradições Ocultas dos Ciganos” (1975) e “A Medicina Secreta dos Ciganos” (1978).

Segundo o escritor Derlon, o kaku (seja ele cigano ou gadjo) é reconhecido por trazer certos estigmas no corpo. É o homem marcado e, como dizem, tem sinais de estrelas ou de ferraduras em seu corpo.

No início, o mais importante é o cultivo dos poderes latentes nos olhos. Os ciganos também acreditam no “terceiro olho” dos hindus. Devem aprender a domar animais ferozes sem usar métodos violentos de condicionamento; só usam a voz e os olhos.

Vejamos aqui alguns exercícios dos iniciados:

1º - contração e movimentação dos olhos, para treinar o uso do “terceiro olho”e aperfeiçoar a capacidade de emitir energia na direção certa, no objetivo certo;

2º - empregar técnicas de respiração, como a “ioga”;

3º - controle da percepção mental, tentando adivi-nhar o que o outro está pensando;

4° - relaxamento completo do corpo e tranqüilidade da mente.


Um dos kakus adverte que “o aluno deverá ter um domínio tal dos olhos que nada possa distrair sua atenção no alvo fixado.

Na tradição cigana, o ser humano é constituído de três partes: um corpo que apodrece, um espírito que permanece e um corpo intermediário, que liga um ao outro. Só um kaku pode ver a auréola do outro.

Depois o aluno toma um chá feito de uma flor especial (que não é de “lótus” da Índia) que abre os canais psíquicos.

O fogo é um dos fortes da tradição cigana. Além do fogo, outro dos fortes da tradição cigana são os passes magnéticos, arte dos curandeiros, dos magnetizadores.

Se a língua local não afeta o dialeto, também a religião local não lhes é motivo de discórdia. Eles aceitam os santos e as santas católicos, usam velas e incensos, fazem e cumprem promessas, promovem romarias aos locais sagrados do país que os abriga, chamam sacerdotes muçulmanos quando vão ser enterrados e usam qualquer tipo de talismã. 2 rara a mansão ou tenda de um cigano — no caso do Brasil — que não tenha uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. “Falar mal de Nossa Senhora Aparecida diante de um cigano brasileiro é puxar briga”, comentam piscando o olho com ironia. Isto porque ela é igual à Santa Sara na cor escura.

Num dos muitos acampamentos de Campinas, uma velha cigana de origem grega disse: Ac devlesa (Deus lhe proteja). Dizem acreditar nos profetas, judeus, cristãos e islamitas, acreditam em anjos e demônios, praticam cerimônias contra vampiros, lêem a mão e adivinham o futuro no pó do café. Dão crédito a todas as seitas. Sabem adivinhar com pedrinhas e grãos ou com dominós.


A perda da identidade e a vida sedentária

Em 1969, durante a realização de um congresso de ciganos em Brasília, Gratton Buxon, secretário do Conselho Cigano Britânico, advertia para essa
“irreversível perda da identidade”. Confirmando a minha tese sobre a origem hindu, a Comissão pelos Direitos Humanos da índia declarou que os ciganos são hindus no exílio e pediu aos países onde eles se radicarem para reconhecê-los como “minoria nacional”. Atualmente, Campinas é a cidade brasileira com maior número de ciganos, com cerca de 400 famílias. As festas de casamento costumam durar até 5 dias e são verdadeiras atrações na cidade. Mas há ciganos no Catumbi, em Teresópolis, em Salvador, em Itaparica etc..

Em geral trabalham com ferramentas e na leitura da sorte, pois, ao longo da história, a sobrevivência do cigano sempre esteve ligada ao comércio ou remuneração em troca de predições.

O mais famoso congresso de ciganos ocorreu em 1971 na Iugoslávia, país europeu onde eles estão em maior número. Naquele encontro decidiu-se uma bandeira para os ciganos.


Bandeira com listras verdes e uma azul, tendo um círculo ao centro. Pela ordem, as cores simbolizam os valores terrestres e espirituais da ética cigana. O círculo, aliás, lembra muito o ashok, chacra da bandeira nacional da índia (Ashok foi imperador na índia e chacras são centros do corpo humano). Existem 7 chacras básicos no corpo humano. O magnetizador deve conhecer todo o valor dos chacras.

O magnetizador e as garras de força

Com as mãos em forma de garras, o magnetizador opera, tendo em cada um dos dedos das mãos um

Figura 1 - A mão do magnetizador

Nota do Adepto Lucano: Essas Divisões não condizem com a Quiromancia Cigana, condiz com o conhecimento do magnetismo cigano pelas mãos.

equivalente planetário simbólico: o polegar representa o Sol; o dedo indicador, a Lua crescente; o dedo médio, a Lua cheia; o anular é a minguante; e o dedo mínimo é o planeta Vênus. Tensões, enxaquecas, irritabilidade e histerias podem ser aliviadas com alguns “passes tranqüilizantes” ou magnéticos.

Entre os ciganos existe o que chamam de casal oculto, cuja união só tem um objetivo: aumento de poder e liberação de energias psíquicas.

A relação sexual do casal oculto obedece a leis precisas próximas da ioga (tantra).


Os animais sagrados

O animal tem grande importância na vida do cigano. O mocho, por exemplo, que só enxerga à noite, simboliza entre esse povo a prova da vidência extra-sensorial; assim como o morcego, é muito admirado por eles, pela capacidade de sobreviver.
Os três animais que os ciganos mais procuram observar são os seguintes:
Lobo: entre todos, é este o animal com o qual o cigano mais se identifica. É o seu fiel companheiro na Europa oriental. O cigano admira-lhe a resistência e o senso de honra (clã).

Cães: respeitados pela fidelidade a toda prova e por funcionarem como guardas de caravanas e tendas, dia e noite.

Galos: outro animal que desempenha papel importante no mundo cigano. São encontrados, nos relatos de lendas e ritos mágicos, sinais misteriosos que evocam o ovo, a galinha ou o galo. O galo é considerado
como uma espécie de “afastador de assombrações”, como na Umbanda.

Para os ciganos, o canto do galo expulsa para longe o reino das trevas, e com ele os seus fantasmas; o galo protege a vida.

É com as pés dos galos que eles confeccionam uma terrível arma e um punhal de pontas dobradas para se defenderem.

Por último, uma surpresa: os ciganos abominam os pombos; têm-lhes total desprezo. Os pombos são a própria imagem do crime, do sangue e da loucura. Os casais ocultos sacrificam duas pombas com objetivo de exorcização.

Os preceitos dos kakus

Os kakus elaboram um total de 68 preceitos, que devem reger a vida de um homem (gadjo).

1) A cólera desmascara aquele que é vítima dela. Desconfie sempre das pessoas que te despertam a ira, pois elas tiram proveito dela.

2) Deve-se amar o próprio pai, sem, entretanto, deixar de julgá-lo.

3) Não busques no álcool as coragens que só existem na tua imaginação; evita que a covardia se apodere de ti.


“Este universo com todos os seus planetas é desventurado. E mais desventurados ainda são os membros da dinastia Tadu, porque desconhecem a Lua” - Srimad Bhagavatam. Isto porque eles trabalham na força da lua.


Rituais secretos

O batismo livra a criança dos demônios. O funeral é uma festa (pamana). Há também festas da primavera, com ritos de fertilidade, e as de outono. O casamento tradicional, o único válido, é feito diante dos ícones* da família, e nele há sempre um rapto real ou simulado seguido de verificação da virgindade da noiva. Gade, o pedido de casamento, é feito pelo pai do rapaz, que discute com o pai da noiva o montante do dote (daró). O casamento, que é precoce (13-15 anos), é endogâmico, de preferência no mesmo subgrupo ou, pelo menos, no mesmo grupo. É acompanhado de grandes festas (abjov).

Peregrinações e crenças

De tempos em tempos, realizam-se concentrações ciganas, que são também um pretexto para que mesmo os sedentarizados retomem a viagem. A mais famosa é a que se realiza anualmente em Saintes-Maries-de-la-Mer, em Camarque, na França. Aí os ciganos veneram o túmulo de sua protetora, a parda Sara, que teria acompanhado como escrava as Três Martas na sua viagem mitológica desde a Palestina (Lenda de origens).**

Dengos e Cultura


As narrativas ritmadas por repetições paralelísticas transmitem a história do grupo ou destinam-se a distrair e divertir. São a memória dessa gente sem escrita. Nela está a poesia que também se manifesta no canto e na dança.
O canto flamengo da Amazônia está ligado aos gitanos calés.

Ao som dos violinos

O instrumento mais usado sobretudo é o violino, o estilo típico e o malta rubalto. Usam também pandeiros e castanholas.

O nomadismo

Apesar das diferenças locais e dos regionalismos, eles mantêm ainda vivos os traços fundamentais: o nomadismo permitiu a preservação dessa cultura diante dos ataques de que sempre foram alvo. Na Idade Média eram queimados em fogueiras. Hitler também os queimou em fornos crematórios.

Tendas e carroças

Embora todos tivessem sido nômades, é entre os rom que se encontra hoje mais facilmente o nomadismo em estado puro. Apreciam o ar livre e amam dormir á luz das estrelas, mesmo os sedentários. Habitam em tendas (ceras) de porta aberta para o sul ou na direção oposta ao vento, ou em grandes carroças pintadas sobre rodas. Alguns vivem em abrigos subterrâneos, como nos Cárpatos, ou em grutas abertas na argila, como na região de Almeria.
Em Portugal os ciganos não fizeram o artesanato, tinham as profissões de contratadores e tratadores de cavalos. Segundo João de Barros, seriam chefiados por condes. Acusados de furto (1525 ou 1535) e de viverem em ranchos ou quadrilhas. Ao tempo da Restauração (1640), 250 ciganos serviam no exército de D. João IV.

Reis e kakus

Os chefes (Kapo ou Rom Baro), ou voivoda, na Europa central, são as únicas autoridades. Embora haja referências a reis ciganos, não existe nem nunca existiu organização geral ou internacional de ciganos. Os grupos são autônomos.
Os chefes governam assistidos por um conselho, em cujas decisões comuns a mulher velha (phuri daj) tem grande influência, sendo consultada por qualquer decisão importante.

A cris romani

A lei dos gadjé* não tem valor para um cigano. A única lei válida é a dos ancestrais. A mais poderosa instituição cigana é o cris (espécie de tribunal).

Crendices zingaras: o porquê do nomadismo

Seu castigo teria sido o de errar pelo mundo como penitência por não terem hospedado a Virgem Maria,

* Gadjé: não cigano (ou gajo).

quando da fuga para o Egito, ou por terem massacrado as crianças de Belém, ou por terem aconselhado Judas a vender Jesus; seriam descendentes de Tubalcaim, pagariam pelo pecado de um dos seus, o ferreiro cigano que furtou o cravo destinado à crucificação de Cristo.

A beleza dos ciganos

Em geral são belos. Morenos, dolicocéfalos, olhos grandes e vivos, rosto ossudo, fronte estreita, nariz adunco, dentadura magnífica, andar vivo e irregular. Naturalmente elegantes, têm porte e majestade. Gesticulam em demasia. Ardentes e alegres, atingem grande longevidade. As mulheres são bonitas e graciosas, embora envelheçam precocemente devido à excessiva exposição ao sol, pela vida nômade. Mas usam enfeites, talco, pôs de atração, mil saias e sabem fazer bem o amor.

Quem são os boêmios? Os filhos do vento

Ciganos, zíngaros, gypsies, boêmios e muitos outros nomes designam o mesmo povo nômade que saiu da índia e se dispersou pelo mundo. Caldeireiros, latoeiros, ourives, negociantes de cavalos, eles mantêm o espírito comunitário mesmo quando se tomam sedentários e deixam de falar a sua língua, o romani Alguns abandonaram o nomadismo, outros se fixaram em um lugar. Para muitos ciganos, a base física é um amontoado de barracas nos arredores de uma grande cidade ou de uma casinhola precária em um terreno baldio.

Saias coloridas e lenços

Não há um traje cigano, mas uma maneira cigana de trajar. Apreciam as corres berrantes, os tecidos brilhantes, os brocados. As crianças andam nuas muitas vezes. As mulheres vestem-se de cores vivas, com grandes saias rodadas superpostas e lenços à cabeça. Usam os cabelos soltos ou em tranças, enfeitados de fitas ou moedinhas, e exibem grande variedade de jóias e fantasias, sobretudo brincos e pulseiras de argolas. Muitas vezes a pobreza é total nos acampamentos e eles vestem-se de trapos.

No caldeirão da carroça

São em geral carnívoros, gostam de doces, frutas e são peritos na fabricação de pão. Não se dedicam à agricultura, nem habitualmente à caça ou à pesca, mas têm verdadeira predileção pelo ouriço-cacheiro (niglô), cujo rastro seguem por toda parte e que cozinham de diversas maneiras. Preferem a cerveja ao vinho e amam as aguardentes fortes. Homens e mulheres são dados ao fumo. Sua bebida é o sifrit.

Cigano trabalha?

O trabalho tem para o cigano um valor meramente utilitário, e não um valor moral como para o gadjo. As ocupações a que em geral se dedicam harmonizam-se com seu modo de vida itinerante: artesanato do cobre e da palha, caldeireiros e ferreiros. Por vezes são
criadores e vendedores de cavalos, amestradores de ursos e macaquinhos saltimbancos. As mulheres ciganas lançam sortes e lêem a sina com tarôs.

Lendas e mitos


Para evitar ser objeto de perseguições, à medida que atravessam os diferentes países adaptam-se aos seus usos, batizando os filhos entre cristãos e circuncidando-os. Eles acreditam em forças que representam o mal, que luta com o bem, representado por um deus bondoso (Del ou Devel), a quem são dirigidas preces e agradecimentos, mas também vitupérios. O diabo (Beng) é malicioso e procura enganar os ciganos. A sorte e o destino são noções importantes para o cigano. Possuem um calendário próprio.



UM BREVE RESUMO SOBRE OS CIGANOS, Á PARTIR DA DÉCIMA EDIÇÃO, TODOS OS TEMAS DE 1 Á 9 SERÃO TRATADOS DE FORMA SABERSÓFICA... E UMA GRANDE REVELAÇÃO VOS ESPERA... EM BREVE...

O LIVRO MAGNA SOPHIA ESTÁ PREVISTO PARA O DIA 30 DE SETEMBRO Á 18 DE OUTUBRO NAS LIVRARIAS CLUBE DOS AUTORES... E EM SEGUIDA PELA MADRAS, ED. PENSAMENTO ....

ATENCIOSAMENTE ADEPTO LUCANO;

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